Soneto do amigo
Enfim, depois de tanto erro passado
tantas retaliações, tanto perigo
Eis que surge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.
É bom sentá-lo novamente ao lado
Com olhos que contêm o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.
Um bicho igual a mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com o meu próprio engano.
Um amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica..."
(Vinicius de Moraes)
Uma vez ouvi de uma professora que não deveria confiar nos amigos, pensei por alguns instantes e cheguei a conclusão que algumas vezes não temos a sorte de encontrar o significado da verdadeira amizade, mas isso acontece porque, talvez:
1. Ainda não estabelecemos dentro de nós o valor de uma amizade, por isso a procuramos nas pessoas erradas (são aquelas pessoas para as quais nossa amizade não serve e a amizade delas também não nos serve, isso não diz respeito a carater, mas sim às nossas buscas)
2. Não confiamos em nós, como confiar em alguém se não confiamos em nós?
3. Nossos olhos, não são olhos de ver; nossos ouvidos, não são ouvidos de ouvir e nosso coração não é coração de sentir. Porque para saber o que vai dentro de alguém basta ouvir, ver e sentir.
Para uma amizade: respeito, reciprocidade, carinho, tolerância (porque só Deus é perfeito)...enfim, lealdade!
É por isso, que amo, confio e sou feliz com as minhas verdadeiras amizades, durem o tempo que durarem porque ninguém é de ninguém e nada é para sempre, a não ser o amor incondicional e a vida, que são ETERNOS!